Porquê é Importante Comunicar? Num Mundo cada vez mais Tecnológico e com Ruído, está-se a perder uma característica Importante do ser humano: Comunicar. Daí começar e reforçar este artigo com esta pergunta: Porquê é que é Importante Comunicar?
Será que é mesmo importante comunicar? Já reparaste que agora existe uma comunicação desenfreada? Anda tudo maluco a Comunicar, mas na verdade está-se a falar para si mesmo (para o Ego)? Então porquê é que isto é Importante?
O ser humano foi bafejado com uma evolução importante, a capacidade de exprimir palavras. No entanto comunicar é muito mais que falar.
E nisso os animais fazem-no muito bem. Porque, aproximadamente 90% da comunicação deles, passa por não emitir sons (linguagem não-verbal). Ao contrario do ser humano, que 90% do tempo esta a falar! E isto acontece porque a tecnologia permitiu isto.
Nos tempos pré-tecnológicos (leia-se capacidade de falar para milhares ou milhões de pessoas ao mesmo tempo), o ser humano desenvolveu a linguagem seja ela não-verbal ou verbal, permitindo, à nossa espécie, dar a conhecer os perigos que o mundo oferecia e dessa forma alertar a restante prole para o seu efeito.
Voltando ao século XXI e de forma mais evoluída, a criação de grandes ideias inovadoras (como os smartphones e internet) permite actualmente o conforto, em termos de comunicação, de todos os cidadãos e, com isso, uma verdadeira “barreira” na comunicação.
Mas o que é comunicar? Consiste num processo que envolve troca de informações e utiliza sistemas simbólicos como suporte para este fim.
Tanto na família, nas relações interpessoais e nos negócios (ou profissão – Não é sempre sobre negócios), não dar importância à comunicação significa perder oportunidades de construção de um bom relacionamento.
E como se sabe, todos somos seres humanos e por conseguinte seres relacionais, logo precisamos de garantir que conseguimos relacionar-nos de forma positiva e útil. E é isto que nos traz as grandes vantagens competitivas. Repara nas pessoas que conseguem o que querem na vida, na sua maioria, são excelentes comunicadores (para além de excelentes performers na sua área de actuação ou arte).
O grande objectivo não é dar-te uma lição de como Comunicar, mas sim as áreas que influenciam a comunicação e como desenvolver a arte de comunicar.
Sim é possível trabalhar esta arte. Existem pessoas que a adquirem com mais facilidade, outras menos. Mas é uma soft skill que é treinada e trabalhada. E podes usá-la para influenciar positivamente outros. Desde que o teu comunicar seja feito a 3 níveis. E é isso que vou falar de seguida.
Para Comunicar eficazmente tens que perceber estes três niveis:
Vamos ver cada um deles.
Rapport (Para Comunicar)
Rapport é uma técnica que procura criar empatia para alcançar uma comunicação mais assertiva, favorecendo a argumentação e permitindo que a mensagem transmitida seja recebida da forma desejada.
Tem origem do Francês (rapporter), que significa “trazer de volta” ou “criar uma relação”. Em psicologia, representa um estilo de relacionamento próximo e harmonioso no qual indivíduos ou grupos estão em sintonia uns com os outros, entendem os sentimentos e ideias uns dos outros, e comunicam-se de maneira cordial.
Pelas suas características, o rapport é bastante utilizado em vendas, podendo convencer o consumidor a efetuar uma compra.
Mas não é de vendas que quero falar mas sim de como podes criar mais rapport com os outros. E a ideia é que consigas fazer isso com uma pessoa que está a falar contigo ou com milhares numa plateia que te vêm.
Por isso mesmo, funciona tanto na vida pessoal quanto na vida profissional ou empresarial. Para os dois últimos pontos falo neste artigo aqui: “Usar Rapport em Empresas? Será Disparate?“.
Quando aplicado aos negócios, se torna uma arma de persuasão para alavancar vendas, funcionando bem tanto para atrair clientes quanto para garantir a sua retenção/fidelização.
E se víssemos isto pelo lado pessoal? Não é assim que encontras um namorico? Não é assim que se criam relações de amizade? E profissionais?
Ou seja, quando estás a comunicar com alguém tens que criar uma ponte com essa pessoa, e isso é Rapport.
E como se aplica o Rapport? Primeiro em seres genuíno e quem tu és, convence-te de uma coisa, nunca vais agradar todas as pessoas. Quanto mais cedo souberes isso melhor.
Agora antes de avançar para os benefícios do rapport e como se treina, gostava de ressaltar alguns pontos para que o conceito de rapport fique claro para ti que estás a ler:
- A criação de rapport está relacionada com a capacidade de criares receptividade com quem te estás a comunicar (nunca sentiste que, numa conversa parecia que ninguém te ouvia?);
- Podes até ter ideias parecidas com alguém (um amigo, um colega de trabalho ou mesmo os teus pais), no entanto não quer dizer que estejas em rapport com essa pessoa;
- Para criar rapport, é necessário haver uma conexão (entre quem emite a mensagem e quem a recebe);
- E para que isso aconteça, não deves forçar a tua ideia, mas sim demonstrar genuinamente sinais de interesse e semelhança.
E que reais benefícios traz o rapport?
Traz tanto para negócios como para a vida pessoal. Imagina este quadro: quanto mais confiança alguém sentir em ti, melhor será o relacionamento entre ambos. E quanto melhor for o relacionamento, maiores são as chances de essa pessoa comprar a tua ideia (não é isso que fazem os amigos quando estão a comunicar? Vender Ideias? Agora imagina em Negócios em que pode aumentar a probabilidade de ele comprar o teu produto ou serviço).
Veja Também: Como fortalecer e aprofundar o relacionamento entre você e seus clientes
Ou seja de forma resumida os benefícios são:
- Aumentar a confiança entre pessoas (e num negócio entre o potencial cliente e a empresa);
- Aumentas as relações genuínas e duradouras (e num negócio a chance de conversão);
- Aumentas a percepção que alguém tem de ti e tu dos outros e, assim um maior envolvimento ( e num negócio o potencial cliente ou cliente se envolver com a marca);
- Aumenta a tua credibilidade ( e num negócio a credibilidade do mesmo – Os negócios ainda funcionam com seres humanos, certo?);
- E com isto seres uma referência (e num negócio isso ainda é mais importante, porque funciona mesmo como uma forma de o mesmo se tornar referência, retendo os clientes interessados).
Então e como podes criar Rapport?
O principal truque e até segredo para criar Rapport com sucesso é promover a semelhança.
Isto é, promoveres o espelhamento em parte do comportamento do interlocutor com discrição e subtileza.
Caso contrário, vais afastar o interlocutor ao invés de atraí-lo.
Como podes fazer isso?
Basta adaptares à comunicação verbal e não-verbal de quem te está a ouvir (um filho, marido/mulher, namorado/namorada, amigo ou mesmo um potencial cliente/cliente) – Faço isso nas consultorias e consultas que presto ou mesmo em aulas e palestras.
E porque é necessário espelhar? Para conseguires comunicar com a parte mais sensível de quem te está a ouvir, o cérebro inconsciente ou reptiliano.
Falo sobre este Cérebro Neste Artigo: "Mas o que é isso de Sucesso?"
Isto vai criar uma aproximação com a pessoa porque ela vai-se sentir compreendida inconscientemente.
E como podes praticar o Rapport?
Nos livros que te falei em cima fala um pouco sobre a prática do Rapport, mas vou-te deixar uns truques (e tudo, mas mesmo tudo é trabalhado e treinado).
De inicio vai-te parecer robotizado até o tornares automático. Ai, tornas-te um mestre da comunicação 🤗 .
Vamos?
Primeiro perceberes que existem técnicas (prática do Rapport) que, se bem aplicadas têm resultados espantosos. Mas têm que estar conjugadas com um factor, que é a tua postura na comunicação (designado os elementos do Rapport).
Vou explicar cada um.
As técnicas mais comuns são duas: O espelhamento e a Reciprocidade (entre outras, estas são as mais poderosas e que criam mais confiança).
Espelhamento:
Também pode ser designado por “espelhar um comportamento”, e consiste em imitares, de forma natural, um comportamento da pessoa que te está a ouvir ou a falar contigo.
Exemplo: Quando falas com alguém e, essa pessoa, cruza os braços para algo que disseste, tu, naturalmente também os cruzas.
Cuidado ao usar isto, para que não tornes a comunicação forçada demais, deves aplicar de forma gradual, evitando assim a impressão de estar a fazer pouco do outro.
Isto só é possível se estiveres realmente atento ao outro e a comunicar na plenitude, senão não vais reparar nas dissonâncias da comunicação (volto a repetir, quantas vezes falas e parece que ninguém te ouve?).
Reciprocidade:
É focada em criar uma relação de confiança, principalmente quando se chega a um entendimento de interesses em comum (cada um de nós tem a sua verdade, alimentada pelos órgãos dos sentidos, que alimentam o cérebro Reptiliano e é o que torna que nunca haja 100% de concordância numa conversa).
Esta é uma forma de gerar o que se chama camaradagem.
É neste momento que o cérebro Reptiliano te diz:
“Ele está realmente a ouvir-me!”
Tu, que estás a participar numa conversa
Funciona quando descobres as necessidades do pessoa (que se inclui um filho, marido/mulher, namorado/namorada, amigo ou mesmo um potencial cliente/cliente) de forma a entregar favores, uma solução ou presentes sem exigir nada em troca.
Em boa verdade, nós só queremos realmente ser ouvidos.
“Ok, isto é tudo muito giro, mas mesmo assim não estou a perceber como aplicar Sacha?”
PS: Já te tinha dito que fazes perguntas muito pertinentes?
Se te recordas, eu falei-te da prática do Rapport (a técnica) mas, sozinha era insuficiente. Por isso agora vou-te falar da postura na comunicação (designado os elementos do Rapport).
Elementos do Rapport:
Contacto Visual:
Quando falamos com alguém é importante ouvir, sem dúvida, mas também olhar para a pessoa. Eu quando dou aulas ou palestras, apesar de estar perante uma audiência, tenho o cuidado, de tempos em tempos de olhar especificamente para cada um dos elementos da audiência, para que possam sentir-se vistos (Só te peço é que não olhes fixamente como uma coruja 😂 ).
Ah, não há sensação mais horrível que é alguém estar a falar contigo (e vice-versa) e estarmos a “olhar para ontem” ou para o telemóvel, por exemplo
Expressão Facial:
Para além de olhares nos olhos, olha para as expressões que a(s) pessoa(s) está(ão) a fazer quando comunicas com ela.
Com as expressões faciais tiras muita informação. Principalmente se a mensagem está a ser recebida de bom grado ou não.
Postura Corporal:
Quando estás realmente a comunicar (que pressupõe observar), consegues ver postura corporal da pessoa com quem estás a comunicar (e repito, um filho, marido/mulher, namorado/namorada, amigo ou mesmo um potencial cliente/cliente), vais conseguir saber se ele está interessado e à vontade (e é aqui que o Espelhamento é importante).
Como te sentes Emocionalmente:
Estás irritado, que mensagem vais passar? Se estás triste o que vais passar? Se estás eufórico?
E podia continuar por ai fora, mas todas estas emoções influenciam brutalmente na comunicação.
No livro que estou a escrever, falo da saúde mental e espiritual no Pilar Saúde e como podes modificar o teu estado de um momento para outro.
Tom de Voz ou Timbre:
A modulação da voz tem um impacto estrondoso em comunicação.
Se estiveres irritado, gritas e afastas as pessoas. Quando estás triste falas num tom baixo e lento. Se estiveres eufórico, falas rápido e alto.
Ou seja, o timbre pode influenciar como a mensagem é percepcionada e é uma arma poderosa no Comunicar.
Entenderes o teu tom de voz e o do interlocutor, ajuda-te a escolher a melhor abordagem a ser utilizada.
Afinal, de que te adianta espelhares a comunicação se tu ou a pessoa com quem estás a comunicar está com raiva.
O teu tom de voz deve despertar confiança, empatia e segurança em quem te está a ouvir.
Linguagem Verbal:
Significa ouvir atentamente o que a pessoa diz e compreender cada uma de suas palavras.
Se ela diz “alhos” tu respondes “alhos, ou seja é usar uma linguagem compreensível.
Durante todos os anos de consulta deparei-me com uma dificuldade em comunicar que eu tinha que demorei mais de 10 anos a descobrir: as pessoas falavam-me dos seus problemas pelas suas palavras e eu introduzia palavras fora do contexto e técnicas de forma a mostrar o meu conhecimento. E não há maior quebra de comunicação que isso.
É por essa razão, que mesmo aqui no blog, mesmo que escreva termos complexos, na explicação simplifico-os de forma a seres fáceis de compreender.
A partir daqui, podes-te espelhar (neste caso usar as palavras ditas) e fazer com que as palavras e comunicação sejam compreensíveis.
Linguagem Não-Verbal:
Faz referência aos gestos, postura e respiração de quem fala e de quem está a ouvir.
A dica aqui é repetir a forma com a qual o que está a falar age sem que se aperceba que está a ser “imitada” (isto é espelhar).
Isto ajuda a gerar no inconsciente dela (cérebro Reptiliano) uma sintonia instantânea e, assim, o tão desejado Rapport.
Não te preocupes que vou falar em maior pormenor destes dois tipos de linguagem no ponto a seguir deste artigo.
Atenção Plena:
Como te sentes se alguém estiver a conversar ou comunicar contigo e estiver sempre a olhar para as horas ou o telemóvel?
Pois, não é nada bom. Por isso se estiveres a conversar com alguém, a receber uma informação ou a transmitir uma mensagem não penses no que tens que fazer a seguir ou onde tens que estar, dedica 100% do teu tempo e atenção para esse momento.
Em suma deste ponto, a frase seguinte espelha bem o estado da comunicação atual:
“A loucura é a incapacidade de comunicar as suas ideias. Como se você estivesse num país estrangeiro, vendo tudo, entendendo o que se passa a sua volta, mas incapaz de se explicar e de ser ajudado, porque você não entende a língua que falam ali. Todos nós já sentimos isso. Todos nós, de um jeito ou de outro, somos loucos.”
Paulo Coelho
Linguagem Verbal e Não Verbal
Comunicar é algo mais complexo do que imaginamos. No entanto, pela nossa capacidade de racionalizar, temos a capacidade de a complicar ainda mais.
Nascemos com o dom da comunicação e, no entanto, com a idade complicamos essa mesma forma que distingue o ser humano dos outros seres vivos.
Este tema tem sido muito estudado, e descobriu-se que, na maioria da comunicação, percepcionamos aproximadamente 10% do que é dito verbalmente e aproximadamente 90% do que não é dito (ou seja, o que é gesticulado, a nossa postura corporal, as nossas expressões).
E é por isso que é importante que percebas o que é a linguagem verbal e não verbal, para comunicares melhor.
Em Portugal, sem contar comigo (tinha que elevar a minha autoridade, certo? 😁), os que melhor transmitem esta forma de comunicar, na minha sincera opinião, são o António Sacavém (que tenho o prazer de conhecer pessoalmente) e a Carla Rocha (que um dia vou conhecer pessoalmente).
Os dois livros que me marcaram Sobre Comunicação Não-Verbal e Influência são deles: "Aprenda a Dizer Não Sem Culpas" e "Fale Menos, Influencie Mais"
Vamos ver em mais profundidade a diferença entre cada uma delas?
Linguagem Verbal a Comunicar
A comunicação verbal pode ser definida como:
Toda a linguagem falada ou escrita, ou seja, toda mensagem transmitida através de palavras.
Faz parte do dia-a-dia de cada um de nós e possui uma variedade enorme, pois existem aproximadamente 7.000 idiomas no mundo(só a China tem uma centena de dialectos completamente diferentes do mandarim)!
De certa forma, a linguagem é diferente para cada um desses idiomas, com formas de ver o mundo diferentes (recordas-te que é o teu cérebro Reptiliano que te dá o que é a tua realidade e verdade? E que este é alimentado pelos órgãos dos sentidos?).
Outro ponto de destaque é a escrita (tal como a mensagem que te passo em cada artigo no blog), considerada a maior invenção de todos os tempos, e que permitiu que a informação fosse documentada, mantendo assim registos para a posteridade.
Assim, é possível perceber a importância que este tipo de comunicação tem. E repara que o escrito permite bem perceber o estado de espírito de quem escreveu.
E não é só o que se diz, mas principalmente como se diz.
O teu tom de voz e o volume com que falas influencia consideravelmente na comunicação, tornando uma mensagem mais “agradável ou não”.
Enquanto o tom de voz é um elemento da linguagem não verbal, as palavras ditas pertencem à verbal e têm muita importância na comunicação.
Não penses nem aches que as palavras não importam.
Afinal de contas, não existe nem linguagem corporal nem tom de voz que consertem uma palavra errada na hora errada.
Quantas vezes já te aconteceu? A mim? Muitas vezes.
Linguagem Não Verbal a Comunicar
A Linguagem não verbal é definida como:
Tudo aquilo que não faz uso de palavras.
Já te falei sobre o tom de voz, mas esse é apenas um dos elementos deste tipo de linguagem.
Outro exemplo é a linguagem corporal, que abrange tanto os movimentos do corpo quanto as expressões faciais. Este tipo de linguagem exerce muita influência no discurso, sendo um dos principais pontos de observação para quem quer falar bem em público.
Cuidados com as mãos, a postura e a tonalidade da voz fazem a diferença, transmitindo mais confiança e segurança.
A linguagem não verbal possui características interessantes e universais, como alguns gestos (existem várias excepções) que são entendidos em qualquer lugar do mundo ou mesmo uma expressão facial de tristeza, que é basicamente a mesma para todos.
Outro excelente exemplo da aplicação da linguagem não verbal é nos sinais de trânsito.
Já paraste para pensar que a maioria das placas de trânsito não possuem palavras escritas nelas (excepto o STOP, por exemplo)?
Mesmo assim, se conduzes e tens a carta, entendes perfeitamente a mensagem transmitida por elas, pois aprendeste na Escola de Condução, numa primeira fase e, depois, por repetição e a conduzir todos os dias, numa segunda fase.
É interessante perceber que foste habituado a associações desde sempre e sempre que existe uma mudança achas estranho. Imagina isto, quando o semáforo está verde tu paras? É estranho, não é?
Um ponto a destacar é que a escolha nas cores, por exemplo, nos sinais de transito, deu-se baseado na percepção visual do ser humano, que associa o vermelho a perigo e o verde à tranquilidade. O amarelo, que é o intermediário entre eles, torna-se assim o sinal de atenção e alerta.
E qual é a real a importância disso?
Bem, é baseado na maneira como o teu (e o nosso) cérebro Reptiliano interpreta as mensagens não verbais e que adquiriste ao comunicar com outros ao longo do tempo, isto porque ele (o cérebro Reptiliano) associa determinados gestos a sentimentos, tornando a comunicação mais ou menos efectiva.
Recomendação Máxima para ti: Se queres melhorar este aspecto, faz filmes todos os dias, a falar sobre um assunto que domines ou te sintas à e publica nas redes sociais. A mim ajudou-me muito em termos de comunicação (e ainda ajuda).
“A finalidade da comunicação é fazer-se entender. Mas há quem prefira se desentender.”
Augusto Branco
Público para Comunicar
Como podes comunicar com alguém se, por um lado, não conheces com quem vais comunicar ou, por outro lado, quem te vai compreender?
Bom, isto de público é muito utilizado pelo Marketing, designando-o público-alvo.
Existe um erro comum em todo o ser humano (pelo menos eu era assim até 2017): A tentativa feroz de querermos agradar “todo o Mundo” (e Todo é muito mesmo).
Um público é alguém que vai compreender o que tu vais dizer, que vai conectar contigo ou que partilha dum problema semelhante ao que tens ou tiveste e que tu podes ser a fonte de inspiração para essas pessoas.
Repara que a tua Família é um Público. E não têm que concordar em tudo. Apenas partilham pontos comuns.
E é nas diferenças, com comunicação bilateral, que se criam conversas altamente produtivas e, até mesmo, mágicas e transformadoras.
Já tiveste alguma conversa destas?
O que vou falar aqui tanto pode ser aplicado tanto para a vida pessoal como para negócios.
Prometo um ou mais artigos Só sobre Marketing e os assuntos relacionados, Mas podes ir espreitando este se te interessam Negócios: "Ter um Negócio? Porquê?"
Por muito que queiras ou não, é da natureza do ser humano se relacionar e comunicar. Apenas é impossível, ou por outras palavras muito difícil, comunicar com todas as pessoas (se fosse possível, nem tinha muita graça mesmo).
Ou seja, o que falo aqui é do desenvolvimento de Relações Interpessoais e, se possível, descobrir o mais rápido possível se estas relações são para ti ou não.
Uma Relação Interpessoal, segundo a Psicologia, é a ligação, conexão ou vínculo entre duas ou mais pessoas dentro de um determinado contexto. Este, por sua vez, pode ser o ambiente de trabalho, familiar, social, religioso, amoroso ou educacional, por exemplo.
Ou seja, e vendo muito cruamente as coisas, qualquer pessoa com que tu fales ou que fale contigo é considerada “um Público”. E a forma como crias a relação vai ditar o resultado que pretendes em comunicar.
E o resultado de um bom relacionamento interpessoal não é mais que o resultado de um bom relacionamento intrapessoal.
“What????”
Vou explicar, a forma como te sentes contigo mesmo dita a forma como te relacionas com os outros (é isso que quis dizer no paragrafo anterior). Por isso é importante teres um profundo autoconhecimento de ti mesmo e o que pretendes para o teu dia-a-dia (e para a vida).
Neste Artigo Falo Sobre Este ponto: "Mas o que é isso de Sucesso?"
Se não estiveres bem, tens que encontrar uma forma de te pores bem (a maioria das vezes, o que queremos comunicar não é efectivo e eficaz devido às nossas emoções). E falo disto mesmo, em maior profundidade no capitulo 2 do livro que estou a escrever.
Um exercício que faço para me colocar “bem emocionalmente” é este (seja antes de uma consultoria individual ou colectiva, antes de uma formação/palestra ou aula ou mesmo com os meus amigos e família), e passo a explicar de forma resumida:
- É feito durante 2 a 3 minutos esta sequência que vou passar a explicar:
- Durante 20 segundos inspiro em 2 segundos e expiro em 4 segundos enquanto elevo os braços em direcção ao “céu” e os desço até aos ombros (como se estivesse a fazer um exercício de ombros);
- Após a respiração rítmica (2:4), fico em apneia durante 10 segundos com uma mão sobre o coração e outra elevada no ar com o punho fechado (posse de poder);
- E repito este processo durante, pelo menos 2 minutos (mínimo que recomendo).
Não sei se vai resultar contigo, mas resulta muito bem comigo.
Ou seja, antes de descobrires quem é o teu público, deves descobrir quem realmente és.
Depois sim, estarás preparado para comunicar com um público que te vai ouvir realmente (porque tu irás fazer o mesmo).
E deves compreender que nem todos os “Públicos” que tu lidas querem saber o que tu sabes ou fazes. Daí ser importante saber o que falar e com quem falar.
Vou exemplificar isto.
És Médico, Enfermeiro, ou alguém da Saúde. Achas que os teus amigos mais próximos, que não são da área se interessam realmente pelos teus conhecimentos técnicos? (exeptuando agora com o Coronavírus ou COVID-19). Muito provavelmente não, querem saber é de partilha do dia-a-dia e do que realmente te conecta a eles. E não é a tua profissão de certeza. O assunto muda de figura com os teus colegas de trabalho. Ai sim podes apostar as “fichas todas” sobre os teus conhecimentos técnicos, os problemas e soluções da profissão e novos conhecimentos que adquiriste.
Vamos a outro exemplo.
Tens um negócio. E falas “Ad Nauseum” do mesmo com todas as pessoas que encontras. Mas será que, quem tu estás a perguntar querem realmente saber disso? Pois… Agora imagina, tens um negócio que beneficia de consultores como teus parceiros. E quem te falou do mesmo disse que é para “todo o Mundo” (volto a repetir, todo é muito mesmo). É óbvio que não. Então deves primeiro escutar verdadeiramente para perceberes se, o que tens, vai realmente ajudar com quem tu estás a comunicar.
Agora o meu exemplo.
Eu tenho as marcas “Dr. Performance” e “Perform Accelerator”, ambas focadas em ajudar pessoas. A primeira mais numa perspectiva individual e a outra mais numa perspectiva organizacional. E, se olhasse de uma forma crua e nua, sei que “Todo o Mundo” iria beneficiar delas (isto na minha cabeça, claro). No entanto, a verdade não é essa, porque nem todas as pessoas vão ver o benefício, e não há problema nenhum. Então, cabe-me a mim escutar primeiro com muita atenção e, se for oportuno, introduzo estas marcas como uma possível forma de ajuda. E espero a reacção do outro lado.
Simples assim!!!
Podes sempre consultar a Página Inicial do Site, Falar comigo pelo balão do canto inferior direito ou Consultar a página de Serviços para perceberes o que fazemos.
Nem todos têm que te compreender nem tu vais compreender todas as pessoas. E é isto que torna o Ser Humano e o Mundo Único, a Diversidade. Cabe-te apenas a ti descobrir o teu Mundo e Público (e não há técnicas ou fórmulas infalíveis, mas se aplicares o que falo nos 2 primeiros pontos deste artigo, garanto-te que descobres realmente quem é o teu público).
Resumindo este artigo, para que comunicar seja eficaz, é importante que tenhas em conta estes pontos (quase parecem os 10 mandamentos):
- Falar de forma simples e objectiva, pois assim permitirás a transmissão de informações claras;
- Rectificar com quem te está a ouvir se este compreendeu aquilo que disseste. Podes pedir-lhe até para ele resumir por palavras suas aquilo que acabaste de dizer;
- Sê espontâneo e genuíno. É importante numa comunicação não se sentir que estás a debitar algo que foi previamente estudado pois quebra o ritmo de absorção da mensagem;
- “Sê curto e grosso”. Ao conseguires dizer o que pretendes no menor tempo possível (estudos mostram que tens entre 3 a 10 segundos para criares impacto numa comunicação), de forma pausada e calma, vai permitir que, quem te está a ouvir, se foque apenas em ti e na mensagem essencial;
- Preparares-te para dizer aquilo que queres comunicar, pois assim estarás mais seguro durante o processo de comunicação e conseguirás fazer com que o teu pensamento flua melhor;
- Prestares atenção à tua linguagem não-verbal bem como a de quem te está a ouvir, a fim de poderes modificar a intensidade do teu discurso, caso sintas necessidade ou de acordar a público/audiência ou de a acalmar;
- Teres vocabulário e seres compreensivo com quem está a comunicar caso sejas interrompido (quem tem filhos sabe do que falo 😁);
- Procurar colocares-te no lugar do outro (chama-se a isto Empatia), pois ao fazeres isto irás conseguir compreender qual o enquadramento mental de quem te ouve e, assim, permitires-lhe apelar a determinados sentimentos e/ou racionalidade;
- Adequares o teu discurso ao receptor;
- Aceitares feedbacks da tua comunicação dos mais variados intervenientes. Aceita tranquilamente as observações que achares pertinentes e conseguirás, da próxima vez que comunicares, uma comunicação mais eficiente
A comunicação é verdadeiramente um elemento fundamental da nossa vivência e, por isso mesmo, se torna essencial compreender quais as melhores formas de a pores por em prática.
É ao comunicar que te ligas ao teu semelhante e isso acontece através de uma empatia que vai além de qualquer simbolismo ou metáfora comunicada.
É também através dela que consegues aprender e evoluir, pois permite a que integres conteúdos de outros que como tu comunicam (e isso é que é realmente “Pensar Fora da Caixa”, apesar de, por vezes, o poderem fazer noutras línguas, noutras culturas, ou noutros rituais.
Quero terminar este artigo com uma frase que me acompanha muitos dias da minha vida:
“Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele na sua própria linguagem, você atinge o seu coração.”
Nelson Mandela
Deixa o teu comentário no final deste artigo.
Tem uma excelente semana,
Sacha Matias (SME, Perform Accelerator e Dr.Performance).
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